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A devoção a Nossa Senhora Consolata tem suas raízes na cidade de Turim, na Itália, onde desde o século XI Maria é venerada sob o título de “Consoladora dos Aflitos”. O nome “Consolata” vem justamente de “consoladora”, aquela que acolhe, conforta e fortalece os filhos que recorrem a ela nas dificuldades da vida.

A imagem original de Nossa Senhora Consolata é um ícone bizantino, que segundo a tradição foi trazido a Turim por Santo Eusébio de Vercelli. Com o tempo, esse ícone se tornou um sinal de fé e esperança para o povo, especialmente nos momentos de guerra, fome e doenças.

Um dos milagres mais conhecidos atribuídos à intercessão de Nossa Senhora Consolata aconteceu em 1706, quando Turim estava sitiada por tropas estrangeiras. Os habitantes recorreram à Virgem Consolata pedindo proteção, e após intensas orações, a cidade foi libertada de forma inesperada, fato reconhecido como intervenção da Mãe de Deus. Outro grande milagre está ligado a cura de enfermidades, sendo o santuário da Consolata até hoje lugar de testemunhos de graças alcançadas.

O Santuário da Consolata, em Turim, tornou-se centro de peregrinação mariana, atraindo fiéis de todo o mundo. Além disso, da espiritualidade nascida em torno da Consolata surgiu a Congregação dos Missionários e das Missionárias da Consolata, fundada no século XX pelo Beato José Allamano, que levou o nome e a devoção a Nossa Senhora Consolata para diversos países, inclusive o Brasil.

A festa litúrgica de Nossa Senhora Consolata é celebrada em 20 de junho, sendo um momento especial para recordar que Maria continua, como Mãe, a missão de consolar os aflitos e guiar os cristãos rumo ao coração de Jesus Cristo.

Assim, a história de Nossa Senhora Consolata é marcada por fé, milagres e missão, mantendo viva a mensagem de esperança e de amor maternal que ela oferece a todos os que recorrem à sua intercessão.